Ontem recebi email do Cristovan, onde ele enviou crônicas divertidas do dia a dia de um carioca apaixonado por uma mineira.
Os textos, geniais, divertidos, e um deles, achei surreal, caso inédito, digno de sair no Fantástico...
Voces conseguem imaginar um ataque de abelhas assassinas em plena Baía de Guanabara? Aterro do Flamengo? Praia Vermelha???
Não, isso é impossível, mas... aconteceu!!!
Acreditem , é so ler o caso abaixo....
ABELHAS ASSASSINAS
" Depois de acertos e desacertos de datas, eu e isa resolvemos que nos encontraríamos, em Belo Horizonte, dia 09 de fevereiro. Melhor seria dizer na madrugada de sábado, 10 de fevereiro, pois ela chegaria de Manaus, via São Paulo, no final da noite, bem no final. Decerto que ocorreria algum atraso.
A programação desse final de semana seria, sem dúvidas, muito interessante. Além de rever, depois de tanto tempo, minha linda princesa morena, ainda teríamos um almoço oferecido por Marquinhos à Flavuca e um almoço/feijoada no Sambatório, com grito de carnaval, creio.
Arrumei uma pequena bagagem, na qual o que mais pesava era meu álbum de 50 anos, o qual levava para “Kikibolt” e Marcelo, seu irmão e escudeiro, para verem. Aliás, Marcelo foi um dos maravilhosos fotógrafos da festa (Leo foi o outro). Ainda tinha minha pasta de trabalho, inseparável, mesmo em Belo Horizonte, pois normalmente vou direto do trabalho para rodoviária ou para o aeroporto.
Pois bem, nesse dia não iria nem para rodoviária nem para o aeroporto, e sim para Praia de Botafogo, em frente a unidade da TELEMAR, de onde saem ônibus para Belo Horizonte, à 17h15min. Havia conseguido passagem de ida e volta com um funcionário da TELEMAR, agora amigo nosso, Leonardo Romano.
Como falei antes, minha bagagem não estava pesada e peguei, ao invés de táxi, um ônibus comum, do trabalho até o primeiro ponto do Aterro do Flamengo, que na verdade fica no que seria a interseção dessas duas praias. Desse ponto de ônibus até a unidade da TELEMAR não são mais do que dois minutos, mesmo com bagagem. É praticamente uma única praça que separa esses lugares.
Logo no começo da praça, passando por debaixo de uma árvore, um inseto começou a me incomodar. Fiz com a mão aquele gesto típico de quem quer espantar um inseto que está lhe incomodando. Mas que nada. O inseto não me deixava. Não era “um simples”; era um enxame de abelhas.
Daí em diante é (foi) tudo um desespero. Comecei a correr e as abelhas atrás, a me picarem: cabeça, braço, pescoço, lábio. Tudo que estava descoberto. Como se não bastasse, também entraram pela minha camisa e picaram minhas costas e barriga.
A certa distância uma mulher gritou para mim: tira a camisa! Se joga no chafariz! Pedi para me ajudar e ela disse que não podia e saiu correndo. Não sei se tinha a ver tirar a camisa. Talvez, por ser amarela? Mas tirei a camisa e me joguei em uma fonte, com o resto da roupa, sapato, celular dentro do bolso da calça, carteira de documentos e dinheiro. Deixei minhas bolsas no meio da praça, a uma certa distância, pois havia corrido para me jogar dentro da fonte.
Tão logo o ataque das abelhas amenizou, se posso assim falar, tirei o celular de dentro do bolso, carteira de documentos e dinheiro e joguei do lado de fora, na areia. Saí de dentro da fonte e fui pegar minhas bolsas. As abelhas voltaram a me atacar. Corri novamente, desta feita com minhas bolsas, joguei-as ao lado da fonte, e voltei a mergulhar. Quando vi que estava livre, em fim, saí da fonte peguei minhas coisas e terminei de atravessar a praça.
Os transeuntes que me viam passar perguntaram assustados o que havia acontecido. Imaginem “aquela figura” nua da cintura para cima, toda molhada, com duas bolsas penduradas e com cara de desesperada. Falei que havia sido atacado por abelhas e eles disseram que era por isso que, por diversas vezes, viram várias pessoas correndo na praça. Alguém me falou que já haviam denunciado o problema para o corpo de bombeiros e que nenhuma providência fora tomada.
Bem, chegando em frente ao prédio da TELEMAR, Leonardo me avistou e me chamou. Avisei a ele que não viajaria e iria direto para o hospital, pois fora picado por abelhas. Vejam que coisa interessante: não se pode categorizar, ou formar opinião, de uma classe por um exemplo isolado; o motorista de táxi que estava parado no ponto não queria que entrasse no táxi por estar molhado e o que parou, e me levou até a emergência do Hospital Rocha Maia, não quis me cobrar a corrida.
Entrei como um louco na emergência do Rocha Maia e falei que fora picado por um exame de abelhas e que estava passando muito mal. Era verdade, não tinha nenhuma reação alérgica grave, apesar de ter mais de trinta picadas no corpo, mas estava todo “queimando” e estava nervosíssimo, exatamente com medo de uma reação alérgica mais forte.
“Furei” uma fila enorme e fui logo encaminhado para atendimento médico. Apesar de toda atenção e bom atendimento, demorei pelo menos uns trinta minutos para começar a ser medicado, desde que dei entrada no Hospital. Também demorei mais de uma hora e meia para fazer uma lavagem gástrica, pois acho que engoli um pouco da água do chafariz (argh!).
A sensação que se tem dentro da emergência de um hospital desses é de desespero. Creio que alguns conhecem essa realidade. Não tem leitos para metade dos pacientes, apesar do improviso desses nos corredores, e os médicos não param. De certa forma, me senti envergonhado depois que minha “adrenalina baixou”.
Apesar do bom atendimento, uma médica, que não havia me prestado atendimento, me tratava, particularmente, de forma grosseira. Mais tarde deduzi que aquela médica devia estar se perguntando o que um sujeito com as minhas condições estava fazendo ali dentro.
Consegui que, depois do “banho”, meu celular funciona-se, ainda que uma única vez. Liguei para Alexandre, meu querido sobrinho/filhão, e pedi para avisar às demais pessoas e ir ficar comigo. Um pouco após a chegada de Alexandre e sua namorada, que teve que ficar esperando do lado de fora do atendimento de emergência, eu fui liberado. Fui para casa com esses dois anjos-da-guarda.
Estou bem; só restam algumas marcas no corpo e a mancha da injeção de cortisona no braço (a enfermeira teve dificuldade a achar minha veia). Agora levo com bom humor o que aconteceu; tenho até esta estória para contar, mas passei por um dos piores momentos da minha vida."
A programação desse final de semana seria, sem dúvidas, muito interessante. Além de rever, depois de tanto tempo, minha linda princesa morena, ainda teríamos um almoço oferecido por Marquinhos à Flavuca e um almoço/feijoada no Sambatório, com grito de carnaval, creio.
Arrumei uma pequena bagagem, na qual o que mais pesava era meu álbum de 50 anos, o qual levava para “Kikibolt” e Marcelo, seu irmão e escudeiro, para verem. Aliás, Marcelo foi um dos maravilhosos fotógrafos da festa (Leo foi o outro). Ainda tinha minha pasta de trabalho, inseparável, mesmo em Belo Horizonte, pois normalmente vou direto do trabalho para rodoviária ou para o aeroporto.
Pois bem, nesse dia não iria nem para rodoviária nem para o aeroporto, e sim para Praia de Botafogo, em frente a unidade da TELEMAR, de onde saem ônibus para Belo Horizonte, à 17h15min. Havia conseguido passagem de ida e volta com um funcionário da TELEMAR, agora amigo nosso, Leonardo Romano.
Como falei antes, minha bagagem não estava pesada e peguei, ao invés de táxi, um ônibus comum, do trabalho até o primeiro ponto do Aterro do Flamengo, que na verdade fica no que seria a interseção dessas duas praias. Desse ponto de ônibus até a unidade da TELEMAR não são mais do que dois minutos, mesmo com bagagem. É praticamente uma única praça que separa esses lugares.
Logo no começo da praça, passando por debaixo de uma árvore, um inseto começou a me incomodar. Fiz com a mão aquele gesto típico de quem quer espantar um inseto que está lhe incomodando. Mas que nada. O inseto não me deixava. Não era “um simples”; era um enxame de abelhas.
Daí em diante é (foi) tudo um desespero. Comecei a correr e as abelhas atrás, a me picarem: cabeça, braço, pescoço, lábio. Tudo que estava descoberto. Como se não bastasse, também entraram pela minha camisa e picaram minhas costas e barriga.
A certa distância uma mulher gritou para mim: tira a camisa! Se joga no chafariz! Pedi para me ajudar e ela disse que não podia e saiu correndo. Não sei se tinha a ver tirar a camisa. Talvez, por ser amarela? Mas tirei a camisa e me joguei em uma fonte, com o resto da roupa, sapato, celular dentro do bolso da calça, carteira de documentos e dinheiro. Deixei minhas bolsas no meio da praça, a uma certa distância, pois havia corrido para me jogar dentro da fonte.
Tão logo o ataque das abelhas amenizou, se posso assim falar, tirei o celular de dentro do bolso, carteira de documentos e dinheiro e joguei do lado de fora, na areia. Saí de dentro da fonte e fui pegar minhas bolsas. As abelhas voltaram a me atacar. Corri novamente, desta feita com minhas bolsas, joguei-as ao lado da fonte, e voltei a mergulhar. Quando vi que estava livre, em fim, saí da fonte peguei minhas coisas e terminei de atravessar a praça.
Os transeuntes que me viam passar perguntaram assustados o que havia acontecido. Imaginem “aquela figura” nua da cintura para cima, toda molhada, com duas bolsas penduradas e com cara de desesperada. Falei que havia sido atacado por abelhas e eles disseram que era por isso que, por diversas vezes, viram várias pessoas correndo na praça. Alguém me falou que já haviam denunciado o problema para o corpo de bombeiros e que nenhuma providência fora tomada.
Bem, chegando em frente ao prédio da TELEMAR, Leonardo me avistou e me chamou. Avisei a ele que não viajaria e iria direto para o hospital, pois fora picado por abelhas. Vejam que coisa interessante: não se pode categorizar, ou formar opinião, de uma classe por um exemplo isolado; o motorista de táxi que estava parado no ponto não queria que entrasse no táxi por estar molhado e o que parou, e me levou até a emergência do Hospital Rocha Maia, não quis me cobrar a corrida.
Entrei como um louco na emergência do Rocha Maia e falei que fora picado por um exame de abelhas e que estava passando muito mal. Era verdade, não tinha nenhuma reação alérgica grave, apesar de ter mais de trinta picadas no corpo, mas estava todo “queimando” e estava nervosíssimo, exatamente com medo de uma reação alérgica mais forte.
“Furei” uma fila enorme e fui logo encaminhado para atendimento médico. Apesar de toda atenção e bom atendimento, demorei pelo menos uns trinta minutos para começar a ser medicado, desde que dei entrada no Hospital. Também demorei mais de uma hora e meia para fazer uma lavagem gástrica, pois acho que engoli um pouco da água do chafariz (argh!).
A sensação que se tem dentro da emergência de um hospital desses é de desespero. Creio que alguns conhecem essa realidade. Não tem leitos para metade dos pacientes, apesar do improviso desses nos corredores, e os médicos não param. De certa forma, me senti envergonhado depois que minha “adrenalina baixou”.
Apesar do bom atendimento, uma médica, que não havia me prestado atendimento, me tratava, particularmente, de forma grosseira. Mais tarde deduzi que aquela médica devia estar se perguntando o que um sujeito com as minhas condições estava fazendo ali dentro.
Consegui que, depois do “banho”, meu celular funciona-se, ainda que uma única vez. Liguei para Alexandre, meu querido sobrinho/filhão, e pedi para avisar às demais pessoas e ir ficar comigo. Um pouco após a chegada de Alexandre e sua namorada, que teve que ficar esperando do lado de fora do atendimento de emergência, eu fui liberado. Fui para casa com esses dois anjos-da-guarda.
Estou bem; só restam algumas marcas no corpo e a mancha da injeção de cortisona no braço (a enfermeira teve dificuldade a achar minha veia). Agora levo com bom humor o que aconteceu; tenho até esta estória para contar, mas passei por um dos piores momentos da minha vida."
Cristovan / RJ
2 comentários:
que do dele. eu como sou alergica a picada de insetos, imagino, e so de ler me da nervoso. gracas a DEUS, ele superou, parabens,CRIS.
Já corri de enxame, já tomei umas picadinhas, mas sufoco assim, Deus me livre!
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