Ontem, um comentario da Ana ( mineirasuai), me deixou atenta. Comparar com o proprio blog e buscar crescimento, melhores textos, ampliar seus leitores. É sem dúvida o que sempre quero. Melhorar.
A vezes, relendo post antigos me deparo com alguns que poderiam ter sido escritos hoje, e me bate uma melancolia. Penso que não mudei nada. Mas não é isso, tenho que acreditar.
A tristeza que sinto é a ressaca de momentos como os que passei no domingo, onde a dor, já se materializando, toma conta do meu corpo. Coisa facil de vencer, sou guerreira e gosto da vida.
O texto abaixo é o relato de uma noite muito estranha onde vários elementos naturais levaram meu pensamento para bem longe. Havia um cheiro estranho de vodka , vinho, haxixe, tudo molhado com o sereno do alto da serra lá de São Sebastião das Águas Claras, da casa do Regis, enfim, de Macacos....
Texto
estou no meio do nada, tudo escuro. acima de mim, um céu onde vejo muitas estrelas, mas não consigo achar as tres marias, escorpião, nem a via láctea. vejo o brilho, sei onde ele está, mas não estou conseguindo distinguir o contorno, a definição. Tinha muita gente lá. o curioso é que pela primeira vez fiz o que eu queria, e não o que deveria fazer. não fui social, não fui "conversada", não fui animada, sequer o centro da festa. é... não fiz o para casa. as pessoas, em volta, me olhavam de um jeito debochado. eu conheço bem esse olhar. sempre tinha ele pronto para os outros. me expor assim? de vez? ficar alheia, maluca e sentada no chão, no centro da mandala iluminada, duas horas da manhã, 10 graus de frio? conversando com alguem, e principalmente, alguem que eu não tinha outra intenção que o carinho e o olhar?...sem interesses ?...ele tomando vinho, e tentando entender minha angustia, sem rir dela? ah...o Tales estava lá. tantos anos sem ver aquele cara.... como ele é bonito. já tinha me esquecido. via figuras em volta. a música as vezes, me dava náuseas, e sempre me lembrava de alguma coisa que eu tenho que esquecer. fazer análise é preciso coragem, mergulhar em águas profundas. é tenso, é frio, é doido. meu vocabulário se torna escasso, diante das descobertas. será que realmente aconteceu ? onde ? quando? com quem ? ah...aquelas figuras , hoje são velhinhos, pais e mães precisando de conforto do meu apoio. mas, por que ve-los novos, por que voltar atrás e reviver coisas? freud, maluco maior da humanidade, não devia ter tido pais...rsssspueril essa minha leitura, mas, verdadeira. quando alguem diz que os fantasmas do passado nunca nos abandonam, deve estar falando disso. sabe aquela máxima de que ninguuém é de ninguem? mentira. a gente não consegue suportar a idéia de dividir amores. somos fracos e ciumentos. propriedade.posse. poder. ter. rima vulgar e fraquinha, mas .... duvido que alguem consiga dizer que não é verdade. Foi então que eu entendi finalmente, que não sou livre.mas... ainda sei que sou filha do vento.....sempre.
estou no meio do nada, tudo escuro. acima de mim, um céu onde vejo muitas estrelas, mas não consigo achar as tres marias, escorpião, nem a via láctea. vejo o brilho, sei onde ele está, mas não estou conseguindo distinguir o contorno, a definição. Tinha muita gente lá. o curioso é que pela primeira vez fiz o que eu queria, e não o que deveria fazer. não fui social, não fui "conversada", não fui animada, sequer o centro da festa. é... não fiz o para casa. as pessoas, em volta, me olhavam de um jeito debochado. eu conheço bem esse olhar. sempre tinha ele pronto para os outros. me expor assim? de vez? ficar alheia, maluca e sentada no chão, no centro da mandala iluminada, duas horas da manhã, 10 graus de frio? conversando com alguem, e principalmente, alguem que eu não tinha outra intenção que o carinho e o olhar?...sem interesses ?...ele tomando vinho, e tentando entender minha angustia, sem rir dela? ah...o Tales estava lá. tantos anos sem ver aquele cara.... como ele é bonito. já tinha me esquecido. via figuras em volta. a música as vezes, me dava náuseas, e sempre me lembrava de alguma coisa que eu tenho que esquecer. fazer análise é preciso coragem, mergulhar em águas profundas. é tenso, é frio, é doido. meu vocabulário se torna escasso, diante das descobertas. será que realmente aconteceu ? onde ? quando? com quem ? ah...aquelas figuras , hoje são velhinhos, pais e mães precisando de conforto do meu apoio. mas, por que ve-los novos, por que voltar atrás e reviver coisas? freud, maluco maior da humanidade, não devia ter tido pais...rsssspueril essa minha leitura, mas, verdadeira. quando alguem diz que os fantasmas do passado nunca nos abandonam, deve estar falando disso. sabe aquela máxima de que ninguuém é de ninguem? mentira. a gente não consegue suportar a idéia de dividir amores. somos fracos e ciumentos. propriedade.posse. poder. ter. rima vulgar e fraquinha, mas .... duvido que alguem consiga dizer que não é verdade. Foi então que eu entendi finalmente, que não sou livre.mas... ainda sei que sou filha do vento.....sempre.
12 comentários:
Nossa nossa que profundo!
Nem que eu revire os 3 ou sei lah qtos anos de blog eu encontro um texto assim!
concordo com a rima barata apesar de muitas vezes falar o contrario.Pq o ser humano tem que ser tao contraditorio neh?
bjo mamis e tenha um bom dia!
Ei ei ei! De onde você pegou esta imagem? POr aaso foi do site da Sillencio?
Marília, que lindo post. O que mais me encanta é a dimensão da profundidade que a mente humana pode alcançar. Sou fascinado por isso. Brinco o tempo todo com essas reflexões pessoais nos meus contos e crônicas. E você, pelo que entendi, foi magnífica porque não criou uma personagem trabalhada, porém, narrou os seus pensamentos de certa época. E relatou, transbordando em grandeza de significados, tudo aquilo que captou de um momento que viveu. Somos verdadeiramente livres? Nunca. Queiramos ou não, estamos presos, cativos na mente ou nos sonhos de alguém. Aprisionados, vezes sem conta, em nossas próprias lembranças. Parabéns!
Abraços, Mário.
Oi Marilia
Cheguei aqui atraves do blog do Mário.
Eu, não sei porque mas nao gosto de ler posts antigos nao. Posso ate ler analisando um trabalho...
Muito bom seu texto, bela descrição de tempo e espaço.
As vezes certos comentes nos fazem pensar, e muito.
Se permitir voltarei mais vezes.
Minha primeira vez aqui.
E gostei muito da simplicidade.
Tem talento com os seus escritos, moças. me identifiquei com o tamanho dos textos- os meus também são enóóóórmes, hehehehe!
Http://ijdlf.zip.net
Http://umcasal.blogspot.com
Nossa, gostei!!!!! Você escolheu a dedo o texto antigo para postar.
E que bom, que bom que apesar do pesares continua filha do vento :o)
beijocas
MM
Ola rafael... não , eu digitei na google a palavra sufoco, solidão, tristeza, e dentre as mil fotos que apareceram essa me encantou.
se vc sabe de quem é, por favor me mande o nome e os créditos... sempre respeito o trabalho alheio...
Mário, Monica, julio, Ivan e Priscilinha minha filhona adotiva, que bom saber que consegui passar meus sentimentos....
obrigada...
julio, volte sempre!
E ser filha do vento te faz livre, isso é importante para bem viver.
Belo texto, flor
beijossssssss
Marília:
A mudança é a única coisa constante na vida de todos nós. Mudamos em todos os instantes e estamos sempre mudando. Nada é estático, daí, talvez, este olhar sobre o passado e entender que pode ser melhorado.
Profundo!!! Um texto para reflexão!
Obrigada pelo carinho lá no Espelho Feminino. Seja bem-vinda!
Bjos...muitas alegrias.
Ol� filha do vento venho agradecer sua visita e dizer que ser� sempre bem-vinda ao meu labirinto.
Beijos de Sol e de Lua.
prima, um bj...
excelente a reapresentação.
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