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domingo, outubro 01, 2006

arrumar estante de livros dá nisso...
foda, por que estou desde ontem relendo, sem sequência, vários livros.
Vou abrindo, e leio um, dois capítulos. Então, paro, relembro, abro outro.
Na memória, eu adolescente, décadas ( ?) atrás....junto, lembranças de momentos de muitas conversas em bares noite adentro, e, entre idas a cine-clubes e lanches no Saci, livros e personagens voltam a minha mémoria , e sinto o mesmo prazer como se fosse a primeira leitura...
Sartre, Simone, Joyce, Jean Genet, Henry Miller, Jorge Amado...
"...Antoine Roquetin, é um historiador de 35 anos, que escreve um diário...único personagem com o qual Roquetin as vezes conversa é o Autodidata, que dedica a ler toda a biblioteca, seguindo a ordem alfabética dos autores... Sartre apresenta essa figura, como o mais fiel representante da impotência e do rídiculo de uma certa cultura, frente a qual Roquetin continua cético, pois o Autodidata é o retrato do intelectual sem espírito crítico, e diante de quem Roquetin representa esse espirito em estado puro....Roquetin é o heroi problemático, permanentemente tomado pela sensação de náusea, que provoca nele uma ruptura consciente com os outros e com o mundo...um dos objetivos de Sartre ao escrever "A Náusea", foi ridicularizar o conceito de humanismo, culpado , segundo ele de toda a hipocrisia da burguesia . ..Roquetin, o homem que se sabe absurdo e livre frente a um mundo de indivíduos confortavelmente embrutecidosna ilusão fantasmagórica de sua própria identidade, acaba por desvendar um sentido para a sua própria vida, fazendo da arte uma tábua de salvação....
Sartre morreu desejando que, de seus livros, as novas gerações deveriam ler A Náusea, por que .." - considero , do ponto de vista propriamente literário, é o que fiz de melhor"...

Um comentário:

Carrie, a Estranha disse...

Ah! Minha família tb é mineira, esqueci de dizer.