procura-se uma identidade perdida em uma noite de lua cheia,
que virou dia bem pela manhã e ficou com neblina embranquiçada,
daquelas que a gente não vê a sinalização na estrada,
mesmo se acender o farol...
procura-se uma identidade de pessoa maior,
não vacinada contra o desamor, a injustiça e o egoismo.
procura-se uma identidade que há tempos foi tirada em órgão competente, com carimbo e garantia de para sempre.
Quem achar...
Ah! quem achar nunca mais vai querer devolver!
por que lá terá o cpf e o nome do dono/
ah!Quem achar, nunca mais vai entregar.
Vai querer ficar para sempre, com a identidade e com o/a dono/
ah...por que?
Porque o/a dono/a é especial.
lunático/ a , pinta as unhas com esmaltes vermelho escuro, gosta de luz, de ser feliz e de tortas de maçãs com creme de leite.....
Estou procurando.
que virou dia bem pela manhã e ficou com neblina embranquiçada,
daquelas que a gente não vê a sinalização na estrada,
mesmo se acender o farol...
procura-se uma identidade de pessoa maior,
não vacinada contra o desamor, a injustiça e o egoismo.
procura-se uma identidade que há tempos foi tirada em órgão competente, com carimbo e garantia de para sempre.
Quem achar...
Ah! quem achar nunca mais vai querer devolver!
por que lá terá o cpf e o nome do dono/
ah!Quem achar, nunca mais vai entregar.
Vai querer ficar para sempre, com a identidade e com o/a dono/
ah...por que?
Porque o/a dono/a é especial.
lunático/ a , pinta as unhas com esmaltes vermelho escuro, gosta de luz, de ser feliz e de tortas de maçãs com creme de leite.....
Estou procurando.
Não está na minha bolsa.
By Marilia/ Post de 2006
15 comentários:
Marília,
se eu achar, devolvo. Nunca fico com algo que não seja meu.
Um beijo
L I N D O !!! Beijocas
pripa, brincando em cima da analogia...
passagem de ano...
escarpas da angústia...
A música insiste em tocar numa altura desagradável. Os donos da casa eufóricos com os convidados fazem de tudo para recebê-los com toda a mordomia que a riqueza lhes permite. Uma mordomia incômoda, exagerada e desmedida. Lá fora, a tarde desanimada, cansada com a quantidade de dias que terá que reproduzir ao longo desse ano novo, derrete seus últimos minutos sobre o lago imenso que cobre cidades inteiras alagadas pela represa que o criou. Minha cabeça dói. A felicidade em forma de comprimido é repetitiva e previsível. Meu corpo fatigado e moído relembra os movimentos de um ontem que permanece gravado nas juntas ressecadas, sedentas de um aconchego caseiro e reconhecível. Aconchego de alma sonhada e almejada, calma. Será que essa música vai parar em algum momento? Minhas moléculas aquosas desnorteadas necessitam de sossego.
Marilia ja pensou em escrever um livro?
Prometo que se encontrar uma identidade perdida, encaminho à você, principalmente se o dono for mesmo especial.
Um beijo
Com certeza não sou esta pessoa, mas confesso que pinto minhas unhas com esmalte vermelho escuro, e adoro torta de maça com creme de leite, Hummm!!! hahaha, ótima semana ..bjoss
lindo lindo lindo...
isso mesmo ai do comentário de cima: pq não publica isso?
beijocassssssssssssssssss e semana iluminada!
Menina, que linda explicação do objeto perdido, ou seria sentimento, ou vida, ou desejo...seja lá o que tenha sido devolverei se encontrar, mas sugiro que dê mais uma revirada na sua bolsa, quem sabe?
lindo dia,flor
beijos
Se vc realmente perdeu isso não sei, mas, nos presenteou com uma explicação que deve ser realmente lembrada.
Caraca, Marília! Você estava pra lá de inspirada quando escreveu este post! Lindo mesmo!
No fundo todos querem achar essa identidade, não é? Eu mesmo levei 41 anos pra encontra-la... demorou pra caramba mas afinal achei.
Abraços,
Mário.
adorei o texto mãe !
Marília,
Belo texto. Caso não seja apenas ficção, não esqueça de fazer um BO no órgão competente mais próximo.
Beijão
Eu disse que não daria para comentar um por um, mas esta prosa poética merece destaque. Sou visitante nova em seu blog e não sabia desse seu talento. Parabéns.
Marilia, se eu encontrar, faço questão de devolver pessoalmente e assim, terei o prazer de conhecer vc. Lindo post. Bjkª. Elza
Oi, Marilia Alvarenga! Que nome tão bonito, me lembra ôs poetas da Inconfidência Mineira! Te agradeço a visita ao meu blog, fico contente que ele te trouxe bons souvenirs da França. Vim conhecer teu cantinho, gostei muito da vivacidade e da espontaneidade com a qual você escreve. Gostei dos teus posts, e especialmente deste aqui, está maravilhoso. Um beijo grande e à bientôt, voltarei com certeza. Um lindo domingo para você.
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