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segunda-feira, dezembro 04, 2006

OCEANO

Olho a praia. A treva é densa.
Ulula o mar, que não vejo.
Naquela voz sem consolo,
Naquela tristeza insana
Que há na voz do meu desejo.

E nesse tom sem consolo,
Ouço a voz do meu destino:
Má sina que desconheço, vem vindo desde eu menino,
Cresce quando em anos cresço.

_ Voz de oceano que não vejo,
Da praia do meu desejo...

(Manuel bandeira / a cinza das horas )

Um comentário:

marilia disse...

pô!!! ninguém para falar da tristeza e da beleza desse poema????
bjos