Layout / Art: Ana.

domingo, agosto 06, 2006

Texto inacabado

O fato é que ela não lhe dava mais sossego.
Ligava direto.- maldito celular!
Quem inventou essa merda, não tinha mulher!
Mas também, pra que fui dar o numero?
Era só aquela noite.... tudo bem, ela é uma delicia, gostosa de cama, e ali, naquela hora, eu dava a ela, o mundo!

- Imagine se não daria o número do meu celular?
Só que, aconteceu o impensável. Ele gostou. Gostou tanto que voltou. Não foi somente naquela noite. Voltou muitas vezes, tantas quantas sua mulher lhe tirava o ar, seu dinheiro, sua alegria e seu prazer.
Acabou amigo do dono do bar, ficou conhecido na redondeza.
Cada dia era uma novidade com Ana. Sentia a atração, misturada com o tesão, e sua mão corria solta no corpo dela. Mas ele era um homem vivido, casado e ocupado, e sabia que tinha tempo marcado a relação.


Ana, feliz, mas desconfiava. Mas, apenas sorria, e ia com ele, sempre.


Na bolsa, o papel com o nome dele e o numero do telefone.
Já havia testado se era verdadeiro, usando um telefone público.
Ele mesmo atendeu. ela reconheceu a voz, a mesma que lhe dizia baixinho coisas doces e bem sacanas...
Agora, estava ela lá, telefone na mão e ameaça no ar... Gritava que se mataria, na frente dele dentro do bar, para quem quissesse ouvir.

Seria morte trágica esuja, com muitos cortes, sangue por todo lado.
Ela não ia aceitar o fim. Assim, do nada?

Vem despeja prazer, vive amor, e depois...fica bem de novo com a mulher e então desama, assim do nada?
Não...isso não podia acabar simplesmente com um beijo no rosto, um perfume, um colar, que nem de perolas verdadeiras era....

Mas, pobre Anas... A decisão estava tomada.
Homens como ele existem aos montes!
Vocês já deveriam ter aprendido.
Ele, celular na mão, foi virando sua cabeça devagar para trás.
Calmamente, jogou o terrivel objeto no chão, deu-lhe uma pisada forte, garantindo que estava mesmo quebrado, destruido.
Suspirou com alívio. Acabou . Seu problema não mais existia.
Normalmente andava com passos calmos, mas, viu-se andando rápido, quase correndo, e sem mais lembranças, entrou no carro blindado e sumiu asfalto abaixo.
Ana? - não se matou. Está toda perfumada, usando um colar de perolas, e no mesmo bar.

Deixou apenas de sorrir.

2 comentários:

Anônimo disse...

acho que no fundo, vida de puta deve ser mais ou manos legal.

marilia disse...

Que horror;...num acho mesmo.quem é vc? é a gdá?
ou é vc de novo vadinho?