era uma vez um menino que não acreditava em deus.
ele cresceu, escreveu uns livros, ficou famoso, deu aulas.
falou em palestras. casou-se e não casou-se com a simone.
inventou filosofias e até ficou amigo de gente que não era de sua laia. ele foi durante muitos anos meu heroi, sonho maior de consumo... sentar-me ao seu lado, em silêncio, em um café qualquer da river gauche, incógnita - claro - e totalmente vestida de preto! nunca realizei, por que mesmo quando lá estive, na river gauche, não o vi. ele morreu como todos nós vamos um dia. mas, sabe o que mais me impressionou? que me fez ficar atenta a soberba e a inteligência impávida colosso? foi ele ficar com incontinência urinária no fim da vida! credo! imaginar a simone trocando as fraldas e limpando os lençois dele.... trocando o urinol (palavra esquisita e feia!), mas de rima fácil.
definitivamente, não acredito nos escritores, nos filosofos, nos poetas, nos amantes, nos loucos, nos bêbados, sequer nos bárbaros.
decididamente, não mais sou existencialista.
serei minimalista.
é pior.