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domingo, janeiro 14, 2007

o ano começa e quero colocar " A casa dos Alvarengas" em dia.
Além do mais, preciso retomar o hábito da escrita, ela me dá folego, ar, e energia.
Não tenho qualquer pretenção literária, mas o hábito de escrever meu diário sempre me manteve alerta. Vou retomando aos poucos.....

TEXTO
Há muito ela tenta abandonar a solidão. Não a solidão padrão, daquelas ninguem me ama, não tenho para onde ir, ninguem me quer.
Não...a sua solidão é a da pior espécie, porque permanece mesmo quando ela está cercadas por pessoas. Ela sabe que tem amigos, tem afetos e que as pessoas, algumas amorosas, outras afetuosas, sempre em volta, tentam e insistem em não acreditar no seu momento.
O que ela tem hoje é a solidão de dentro, solidão do vazio, do não ter nada além da tristeza absoluta ( ainda e sempre com o exagero), e a vontade de ficar só.
A indiferença e a inercia estão sendo questionadas.
Será que se moveria por alguma coisa?
Talvez...não saberia dizer.
Outro dia, ela me contou que ficou na mesma mesa que seu ex- amor, bebeu cerveja com ele, ( coisa que ela detesta), riu com ele, se tocaram, viu olhares entre eles, mas não sentiu saudades, não sentiu desejo, não sentiu nada, apenas a grande vontade de voltar para casa e ficar sozinha, sem pensar, sem falar.
Balelas e mentiras, é o que ela responde para quem diz :- seja forte, vc tem tanta gente ao seu lado, veja e sinta como é amada, como as pessoas te ajudam, etc, etc.
Nada pode vencer o monstro que a persegue.
Não existem mais principes, espadas ou lãminas de corte, princípios ou fins que consigam matar o dragão da solidão, a indiferença da depressão.
As aparencias enganam, ela repete a frase comum e banal.
Quem esta triste não quer morrer.
Apenas quer viver bem longe e sozinho. E ela sabe que não fomos feitos para tantos silencios, para tantas madrugadas sem noite dormidas, para tantas angustias e suspiros. porque ela já esteve durante muitos anos do ldo de lá, onde o sol a acordava pela manhã, e ela passava o dia de bem com a vida e com o mundo, misturada na multidão, feliz em não ser reconhecida.
Quando a noite chegava, ela fazia amor a exastão, e adormecia depois com sorriso de prazer e certeza do dever cumprido.
Ah, há muito ela tenta deixar a solidão. Mas ela sabe que só pode fazer isso sozinha... tão simples, e agora, hoje, impossivel.Que assim seja, existe tempo para tudo, ela sabe...

Um comentário:

O Meu Jeito de Ser disse...

Ah! se a gente pudesse saber de onde e porque vem essa tristeza e vontade de ficar só.
Porque será que a solidão insiste em querer ser a companhia?
Um beijo