
fui durante anos daquelas que sempre disseram sim.
meu medo, meu horror a solidão, criaram a falsa impressão da minha eterna disponibilidade para o outro.
vivo, nesse momento, o inferno que dante descreveu, o desespero d'alma que levou herois e amantes a morte.
amar me transformou em alguem subversivamente submisso, quase patético.
hoje, me revolto, contradigo minhas crenças.
Onde estão meus duentes da força? preciso deles para lutar.
Lorca, ibsen, ensinem-me a encontrá-los, para que tirem de dentro de mim, esse "algo" que me faz querer cortar gargantas e esfarelar corações. chamem duendes que me tornem boa. amavél.
"tampouco talvez seja amor, quando digo que, para mim, és a mais amada; para mim, amor é seres a faca que reviro nas minhas entranhas"-
(kafla foi o gênio do isolamento. Com ele aprendi que nada temos em comum com nós mesmos, muito menos com terceiros.)
" ela agora era mulher sofrida, não mais jovem graciosa; porém, ainda posssuía algo capaz de atiçar a imaginação, fazer parar, momentaneamente a respiração de alguém; bastava um olhar ou um gesto que, de certo modo, revelasse o significado das coisas comuns"
( willa cather, nostalgica em suas mulheres de posturas sexuais ambíguas, mas que escreveu da paixão com amor.)
hoje, estou cansada. vou embora antes que me corte e perca a luz do sol.
ah... os sols da minha belo horizonte, do meu são joão, e da minha paris...
os sols dos meus amores.
Marilia,
ResponderExcluirtambém tive a época de dizer sim, e assim como você, logo, logo (em fevereiro) entro em outra década (a das mulheres de Balzac) e me preparo psicológicamente para tal...
Talvez isto me faça querer mudar.
Inclusive no que diz respeito a aceitar e dizer sim para tudo no amor.
O sofrimento é passageiro, quando se opta por escolher o que se quer.
Melhor que contar depois histórias de uma mulher deprimida que viveu uma vida de sofrimentos por ter escolhido o desejo do outro.
Quero um amor lindo e perfeito, sem calma, com fogo e paixão.
Talvez seja intensa demais e esteja vivendo apenas um rompante, que logo se resolve (ou não?).
O que importa é que aprendi a fazer minhas escolhas e dizer sim para quem eu mais devo amar: eu mesma.
Grande beijo e obrigada pela indicação, me identifico demais no teu blog.
Amor com submissão, não combina.
ResponderExcluirAmor só é muito bom, quandoestá ligado com a interação.
Há de ter trocas, do contrário, se esvazia.
Vim te deixar um beijo e desejar uma ótima semana.
Obrigada pelo link, sou lentinha também com a net, mas tenho amigos maravilhosos que me ajudam.
Tem amigos meus, que tenho certeza voce gostará muito de conhecer.
Um beijo Marília.
gente, estou adorando conhecer voces!
ResponderExcluire vc carlinha, queria muito que lesse os posts dod meses de maio e junho... vc vai gostar!
e quanto a minha amiga que tem um jeito especial de ser, seja benvinda! beijos